quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Flora


Paranapiacaba tem localização estratégica, em que sua origem indígena, significa “lugar de onde se avista o mar”. Foi construída para atender os trabalhadores da estrada de ferro São Paulo Railway (atual Santos-Jundiaí), esta se situa na região Sudeste do município de Santo André, entre o Planalto Paulista e a Serra do Mar (está a 60 km de São Paulo). Nesta cidade há uma forte presença britânica, sendo a única Vila ferroviária conservada desde sua fundação, reunindo um importante Patrimônio Histórico, Cultural e Natural. 

 Esta região é composta por Mata Atlântica, fazendo parte da Reserva da Biosfera. O “Parque Natural Municipal Nascentes de Paranapiacaba” foi criado com o objetivo de preservar os recursos naturais da Mata Atlântica no entorno da Vila, com uma área de 4 milhões de m² pode-se encontrar exemplares da flora brasileira, além de espécies da fauna. 

 Nesta área, o adubo é feito pela própria mata, ou seja, ela se “alimenta” pelos restos de folhas caídos.
Altitude: entre 750 a 900m.
latitude 23º46’ 18” - 23º 47’ 05’’ S 

Longitude 46º 20’ 24 ” – 46º 18’ 15’’ W
Clima e tempo: Tem um clima superúmido com umidade relativa de 80%, e a temperatura média de 15º C no inverno e 22º C no verão.

 Por conta de seu clima superúmido, existe uma grande quantidade de briófitas (plantas rasteiras, devido elas serem avasculares).

Flora: Grande diversidade de algas, fungos, liquens, briófitas e fanerógamas, a estrutura das árvores mostrou que as espécies com maior nº de indivíduos foram Euterpe edulis, Tibouchina pulchra Alchornea triplinervia e Miconia cabussu.

Cambuci- fruta típica de Paranapiacaba



 O nome “Cambuci” surgiu devido à aparência de vasos e potes utilizados pelos tupis e chamados de Kamu’si. Os frutos, de casca verde e fina, amadurecem entre os meses de janeiro e abril e é possível saber que estão maduros por se tornarem mais macios e a cor mais amarelada, além de caírem dos galhosAs bagas têm aproximadamente 6 cm de diâmetro, de polpa cremosa, suculenta e de poucas sementes, além de extremamente ácidos.
 Este possui perfume e sabor característicos que o faz um popular aromatizante da cachaça desde o período colonial, uma de suas principais aplicações até hoje.

Euterpe edulis- Juçara (Palmeira)
 De onde é tirado o palmito, tem grande potencial agroeconômico por causa da sua localização no estrato médio da floresta e por causa da grande quantidade de fauna nas proximidades.
(hoje esta em extinção por causa da exploração descontrolada).
 Quando se corta uma parte do caule, a palmeira morre, mas são utilizados fibras para fabricação de vassouras, caibros e ripas para construções civis, folhas para cobertura temporária e forrageio.  Os frutos maduros servem para fazer sucos e mingaus, exatamente como o Assaí.

Tibouchina pulchra - Manacá-da-Serra
São, em geral, conhecidas como Manacá-da-Serra, árvores de médio porte, atingindo cerca de 5 metros de altura. A observação de suas folhas, que apresentam nervuras longitudinais, deixa claríssima a sua identidade como tibouchina. Tem diversas espécies cada uma com suas características, meios e locais.

Alchornea triplinervia – Pau-óleo
É uma árvore usada para fins de medicina popular, sua madeira pode ser utilizada também na fabricação de caixões, tabuados em geral e na construção civil. Pode ser usada comocombustível. Não é usada em obras externas, devido à sua baixa durabilidade.
De folhagem perene ou semi-persistente, é uma árvore que chega a atingir cerca de 15 a 30 metros de altura, as suas flores podem atingir 20 cm de comprimento, Os frutos, de cor verde-escura, têm a forma de cápsulas arredondadas e carnosas que atingem cerca de 1 cm de comprimento. Possuem duas sementes castanhas de 3 a 6 mm de comprimento.
Sendo uma planta nativa do hemisfério sul, floresce em Outubro e Novembro e frutifica de Dezembro a Março.
Miconia cabussu - cabuçi
Floresce de agosto a setembro, e frutifica em outubro e novembro. É planta pioneira, perenifólia, heliófita e seletiva higrófila. Ocorre preferencialmente na floresta pluvial Atlântica de encosta, geralmente em formações secundárias. Na Mata Atlântica ocorre na Floresta Ombrófila Densa. A madeira é sensível, apodrece rápido quando é cortada, é usada para lenha, carvão e artesanato.

Bromélia

 São quase exclusivamente originárias das Américas, principalmente das florestas tropicais, com apenas um gênero originário da costa da África Ocidental, no Golfo da Guiné. 

 São plantas pertencentes à família das Bromeliáceas, conhecidas também como gravatás ou ananás dependendo da planta ou do fruto, existem em torno de 4.000 espécies, cerca de 1.250 ocorrem no Brasil e podem viver no chão, na rocha ou nas árvores. Sendo encontradas nas restingas, no alto das montanhas, no cerrado e também na caatinga, onde cobre extensas áreas em meio a cactos e outras plantas.
São espécies xerófitas, ou seja, adaptadas para a vida em condições de seca, suportando também temperaturas extremas, tendo para isso cutículas ou ceras que revestem suas folhas que diminuem a perda de líquido para o meio. Além desse recurso, muitas delas, também armazenarem água da chuva em suas folhas. Este fato beneficia inúmeras espécies de animais, como, moscas, mosquitos, formigas, aranhas, lacraias, baratas, pererecas, rãs, lagartixas, cobras, que vivem em seu interior e outros animais como, beija-flores, pássaros, roedores, quatis, macacos que são atraídos, pelas flores, frutos e pela água da chuva retida na base de suas folhas.

 O representante mais conhecido dessa família é sem dúvida o abacaxi. Assim é a bromélia, uma "planta hospedeira" típica da Mata Atlântica brasileira, um dos ecossistemas mais ricos do mundo. Ela é chamada assim porque nasce nos galhos das árvores. Em apenas uma árvore é possível encontrar 500 bromélias! As bromélias dão flores uma vez por ano e desabrocham no inverno. Suas pétalas estruturam-se como se fossem a parte espinhenta do abacaxi, em lâminas que se sobrepõem. São flores lindas e de aspecto selvagem, com cores como azul, vermelho, roxo, amarelo, alaranjado. Elas sobrevivem em ambientes com pouca luz, como o interior da Mata Atlântica.

 Elas são indicadoras importantes da degradação do meio ambiente. A ocupação humana, os incêndios e a poluição dos carros, por exemplo, foram alguns dos fatores que fizeram com que algumas bromélias fossem extintas na cidade.

Areca – Bambu

 A areca-bambu, ou palmeira de jardim (Dypsis lutescens), é uma palmeira, nome comum da família Arecaceae. Possuem troncos múltiplos, formados touceira, crescem rápido e pode chegar de 6 à 12 metros de altura. É muito utilizada para decoração de jardins ou interiores diversos. Sua origem é de Madagascar. 


 As folhas são grandes, verdes, recurvadas, as inflorescências são ramificadas, com numerosas e pequenas flores de cor branco-creme e perfumadas.


Em comparação com outras palmeiras, apresenta rápido crescimento. Apesar de ser uma palmeira tipicamente tropical, a areca-bambu fica mais verdejante à meia-sombra, com condições luminosas mais difusas. Tolera perfeitamente ambiente a sol pleno, porém as folhas adquirem uma tonalidade amarelada.
Samambaiaçu
Xacim (Dicjsonia sellowiana) é o feto arborescente, da família das dicksoniáceas, nativo da Mata Atlântica e América Central (especialmente dos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, e Rio Grande do Sul). Devido à extração desenfreada do cáudice para uso no cultivo de outras plantas, a espécie está ameaçada de extinção e sua extração está proibida em todo o Brasil. Também é conhecido pelos nomes desamambaiaçi e sambaiaçu-imperial. O xaxim é uma planta do grupo das pteridófitas 

Liana

 Lianas, cipós e trepadeiras pertencem a um grupo de plantas germinam no solo, mantêm-se enraizadas no solo durante toda sua vida e necessitam de um suporte para manterem-se eretas e crescerem em direção à luz abundante disponível sobre o dossel das florestas. As trepadeiras podem ser herbáceas lenhosas. As lianas são trepadeiras lenhosas, sendo considerado um pleonasmo falar em "liana lenhosa”.

 As trepadeiras herbáceas e lenhosas, as últimas também conhecidas como lianas e cipós, sobem utilizando outras plantas como apoio. Esta característica de não ter apoio próprio permite que o caule das trepadeiras seja estreito, flexível e capaz de fenomenais taxas de crescimento em altura e comprimento. 
Referências:


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