quinta-feira, 1 de novembro de 2012

A Vila Portuguesa


Vila Portuguesa

 Juliane Secol;
Juliana Biondi;
Mariana Penteado;
Vinicius Perseghetti



Características

Em Paranapiacaba, cidade no estado de São Paulo, existia uma divisão nítida – geográfica e social – da população. Os portugueses e os ingleses moravam, respectivamente, na Parte Alta e na Parte Baixa, esta também conhecida como “Local da Ferrovia”.


Podem-se ressaltar características da vila portuguesa sendo o local mais alto da cidade, a Igreja central localizada na parte mais alta do distrito o cemitério era exclusivo para portugueses, não podendo protestantes. Há lápides especiais (feitas de mármore) para trabalhadores maquinistas ou foguistas quando acidentados e mortos em trabalho, do “São Paulo Railway”, por ordem do bispo, ficavam reconhecidos como heróis.

Empregados de patrões ingleses que conseguiam aposentadoria, subiam o morro, e se instalavam na vila portuguesa, parte mais pobre de Paranapiacaba. As condições de vida eram precárias, morriam muitas pessoas por conta de doenças tropicais, acidentes na construções – terrenos instáveis.

Ocupação Espacial

A região se caracteriza por uma má organização arquitetônica, as casas são sem recuo, agregadas umas às outras, não possuem jardins ou quintais (sem calçadas). As cores eram aleatórias e vivas, não possuindo uma cor padrão. 

Curiosidades      


                  A população decadente por conta da perda de valorização da ferrovia (economia). No auge da utilização ferroviária a população estava em torno de 5 mil habitantes, após essa queda reduziu-se para 1,2 mil habitantes.
A igreja que está localizada no topo mostra a superioridade católica em relação ao protestantismo, região oficial dos ingleses. 
As casas portuguesas são parte do patrimônio histórico de Paranapiacaba, portanto, se algum morador desejar fazer uma reforma, ou restauração em sua residência, terá que passar por três órgãos responsáveis pela conservação da cidade. Além disso, esses estabelecimentos quando era usada para o comércio, este ficava na parte inferior e a moradia na parte superior.

A Ferrovia em Paranapiacaba


Por: André Mazzeto;
Gustavo Moretti;
Igor David



           Paranapiacaba cidade denominada pelos índios, por conta de sua ampla vista do litoral. Após anos de sofrimento por conta de uma longa caminhada através da serra, acabou sendo construída uma estrada ferroviária que seria responsável pela formação da vila Paranpiacaba.

           O principal  fator responsável para a construção da Ferrovia Santos-Jundiaí foi a expansão do café, que chegou ao Rio de Janeiro no início do século XIX e logo se espalhou pelo vale do Rio Paraíba. A próxima região ocupada pela cultura cafeeira seria o oeste paulista, já bem no interior do estado. A partir daí, tornou-se urgente encontrar um meio de escoar o café com maior facilidade para o Porto de Santos.
           As obras tiveram início em 1860, comandadas pelo engenheiro inglês Daniel M. Fox. Dadas as características extremamente íngremes do trecho da serra, optou-se pela adoção do chamado sistema funicular: o percurso foi dividido em quatro planos inclinados, cada um com uma máquina fixa a vapor que tracionava as composições através de cabos de aço.
        A partir de 1896, começaram as obras. Paralelamente aos trabalhos de duplicação, a vila também sofreria modificações. No alto de uma colina, os ingleses construíram a casa do engenheiro-chefe, chamada de Castelinho, de onde toda a movimentação no pátio ferroviário poderia ser observada fazendo com que todos se sentissem obrigados a seguirem a normas.
       Do outro lado da estrada de ferro, a Parte Alta de Paranapiacaba, que não pertencia à companhia, seguia padrões arquitetônicos portugueses, diferentes daqueles da vila inglesa. A área começou a ser ocupada por comerciantes para atender os ferroviários já na década de 1860. Ali também moravam os funcionários aposentados, que não poderiam mais usar as casas cedidas pela empresa.
        Em 1946, termina o período de concessão da São Paulo Railway Company e todo seu patrimônio é incorporado ao da União. Este fato é apontado pelos antigos moradores como o início da destruição da vila.
      Em 1986, a Rede Ferroviária entregou restaurados os sistemas funicular entre o 4° e o 5° patamares e o Castelinho. No ano seguinte, o núcleo urbano, os equipamentos ferroviários e a área natural de Paranapiacaba foram tombados pelo CONDEPHAAT-Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo.